quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mãe e padrasto de criança morta com sinais de espancamento ficarão presos Mãe admitiu que depois que a menina caiu chegou a agredí-la por conta de "nervoso" Carol Neves Redação CORREIOcaroline.neves@redebahia.com.br A mãe e o padrasto da criança de 2 anos que morreu com suspeita de ter sido espancada ficarão detidos na delegacia de Santa Maria da Vitória, a 878 km de Salvador, segundo informações da delegacia local. Ythara Lorrane da Silva morreu por volta das 23h30 da quarta-feira. Segundo o depoimento da mãe, Elisabete Cristina da Silva, 22 anos, a menina tomou uma queda na terça-feira à noite em casa, no povoado de Mucambo, mas ela achou que a criança estava bem e só a levou para o Hospital Municipal de Correntina na quarta-feira, depois que ela começou a apresentar um sangramento com mau cheiro e um inchamento na cabeça. A criança já chegou sem vida ao hospital. Já o padrasto, Maycon de Jesus, 26 anos, admitiu ao delegado Leonardo Souza Soares que depois que a criança caiu Elisabete deu vários tapas na cara da menina. Chamada para depor novamente, Elisabete admitiu a violência, mas disse que ficou nervosa ao ver sua filha desacordada e agiu sem pensar. Por conta da agressão, o delegado vai manter o casal detido enquanto ouve outras testemunhas. Segundo o Conselho Tutelar de Correntina, que foi chamado pelo próprio hospital depois que a criança deu entrada no local com sinais de espancamento, já havia denúncias de maus tratos contra o casal - além da criança de 2 anos, uma outra menina de 6 anos, filha de Maycon, estava temporariamente com os dois, mas deve voltar para a casa da mãe em Goiás. AntecedentesSegundo o Conselho Tutelar, a criança já havia sido internada no hospital com infecção no dia 25 de março, quando Elisabete quis levá-la para casa contra as ordens médicas. Na ocasião, o Conselho foi novamente acionado e impediu que a criança saísse do hospital. Ainda de acordo com o Conselho, o pai biológico da menina, que mora em Aparecida de Goiânia, será contatado nesta sexta-feira. Ele já teve a guarda da criança por seis meses, enquanto era investigada a denúncia de maus tratos contra a menina. Elisabete tem ainda um filho de 4 anos, que mora com o avô, segundo o delegado. A polícia aguarda o resultado do laudo indicando as causas da morte de Ythara. Segundo o delegado Soares, o Ministério Público já foi acionado e também deve acompanhar o caso. (com informações da repórter Midiã Noelle)

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